O laboratório de bovinos de corte da Universidade Federal do Tocantins (UFT) atualmente está instalado em área da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia/UFT, a qual foi aberta em meados de 2007 com recurso do centro tecnológico de bovinocultura, uma verba de emenda parlamentar. Especificamente para a área de bovinos de corte, o recurso foi utilizado para a abertura de 30 hectares de vegetação secundária da antiga ENGOPA, assim como o fechamento perimetral dessa área com cerca de arame liso de seis fios. Essa área ficou praticamente inativa, com pequenos experimentos esporádicos em parcelas de campo, sem a presença de animal. A partir de 2008, com a chegada do professor efetivo para a disciplina de bovinos de corte, essa área foi então destinada à disciplina, e como ainda no colegiado de Zootecnia não havia um grupo de pesquisa cadastrado no CNPq específico para a produção de bovinos, a primeira inciativa foi criar o NEPRAL – Núcleo de Estudo de Produção de Ruminantes na Amazônia Legal, o qual foi aprovado pela pró-reitoria de pesquisa da UFT, e desde então, está cadastrado na plataforma diretórios de pesquisa do CNPq.
A partir dessa data a área destinada para a instalação de bovinos de corte na UFT foi denominado laboratório/setor de bovinos de corte, intitulado como NEPRAL. No entanto, somente foi possível efetivamente os trabalhos após a aprovação de recursos financeiros em editais do CNPq, edital Universal/2008 e cadeia produtiva de bovinos/2009, o qual viabilizou o estabelecimento das primeiras áreas de pastagens do NEpral, assim como as divisórias internas, os primeiros cochos e bebedouros, os insumos como medicamentos, adubos e ingredientes para a alimentação dos animais, além de uma rede hidráulica e elétrica mínima para a manutenção dos animais na área. Em 2009, no período das águas foi conduzido o primeiro trabalho efetivamente com bovinos em pastejo, e logo verificou-se o grande potencial da região, mesmo essa área apresentar em termos de fertilidade um dos piores solos do estado do Tocantins (Neossolo Quartzarênico Órtico típico), o qual apresenta em torno de 94% de areia. Então, a partir desse ano com a aprovação dos projetos e aplicação dos recursos, o curso de Zootecnia da UFT que não havia completado ainda os 10 anos de existência, pelo site de investimento do CNPq já se consolidava como a única instituição da região Norte do Brasil que oficialmente estava recebendo recurso do governo federal para a realização de pesquisas voltadas à produção intensiva de bovinos de corte em pastejo.
Já em 2010, com o fechamento do relatório técnico e prestação de contas dos projetos encaminhados e aprovados pelo CNPq, verificou-se que a proposta idealizada no projeto para a produção intensiva de bovinos de corte em pastejo foi um verdadeiro sucesso, pois a média brasileira que era de aproximadamente 3,5@/ha/ano foi multiplicada por 10, apontando que o sistema idealizado era realmente muito promissor. Então, a partir de 2010 com novas aprovações de apoio financeiro pelas agências de fomento a pesquisa vinculados ao governo federal possibilitou ao NEPRAL o desenvolvimento do sistema NEPRAL de produção intensiva de bovinos de corte de ciclo curto, e a partir dessa decisão, os projetos encaminhados para as agências de fomento a pesquisa no Brasil foram direcionados com esse foco. Assim, entre os anos de 2008 a 2010 foi gerado A DEFINIÇÃO DE EXPLORAÇÃO DE BOVINOS DE CORTE EM PASTAGENS TROPICAIS DE FORMA INTENSIVA E DE CICLO CURTO, visando um produto de excelente qualidade e de alta viabilidade econômica.
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